segunda-feira, março 12, 2007

Álvaro de Campos - Eu

Eu, eu mesmo...
Eu, cheio de todos os cansaços
Quantos o mundo pode dar. —
Eu...
Afinal tudo, porque tudo é eu,
E até as estrelas, ao que parece,
Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças...
Que crianças não sei...
Eu...
Imperfeito? Incógnito? Divino?
Não sei...
Eu...
Tive um passado? Sem dúvida...
Tenho um presente? Sem dúvida...
Terei um futuro? Sem dúvida...
A vida que pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu,
Eu fico eu,
Eu...

Ta aí um bom esclarecedor da busca da própria identidade... quem sabe a poesia ajuda a descobrir...

Um comentário:

Marilen disse...

De... é fantástica a poesia!!!
Te adorooooo
Bjosss