segunda-feira, outubro 22, 2007

Esses dias eu estava visitando o Volatil, o Blog da Vivi (http://vollatill.blogspot.com/), deparei-me com um texto antiguinho, que ela postou novamente, e, por algum motivo me senti compelida a publicar aqui... Um pouco porque eu me senti relacionada a ele, outro pouco porque deu muita saudades dos almoços pós-aula...
Com vcs, o texto da Vivi:


"Migalhas de afeto

Quando alguma coisa, em algum lugar, decide que você vai se apaixonar, é como se o organismo entrasse numa dieta especial, que consiste basicamente nas chamadas migalhas de afeto.
Trata-se de algo muito simples: sabe quando ele passa e te dá um “oi” básico e impessoal, mas você fica feliz pelo resto do dia? Sabe quando ela te cumprimenta com um sorrisinho simpático e você pensa “meu, que puta brecha!”, mesmo que ela se comporte assim com todo mundo? Pois é, esses são exemplos clássicos de migalhas de afeto.
E tudo isso é muito natural. Acontece com todo mundo, o tempo todo.
O problema é quando você cai na bobagem de se empanturrar das migalhas. O efeito desastroso é a obesidade platônica.
Obesidade platônica é a falta de ação decorrente da alta ingestão de migalhas de afeto. Traduzindo (já que hoje eu resolvi viajar grandão): você acaba se dando por satisfeito com as ilusões que criou e não parte para a ação. É o célebre amor platônico. Ou seja, você cultiva lindos sentimentos dos quais a pessoa em questão jamais ouviu falar. E a tendência infelizmente é que a pessoa nunca fique sabendo.
Porém a ingestão das migalhas é inevitável, pois faz parte do encanto que os outros podem exercer sobre nós e vice-versa , além de serem parâmetros para a ação.
Isso mesmo: AÇÃO! Afinal, falta de atitude gera desperdício – de afeto e de tempo.
Portanto, as migalhas de afeto deveriam ser como aperitivos.
O banquete só vai rolar se alguém for pra cozinha, pra descascar as cebolas, esperar o molho apurar, fazer doce... só prova dos sabores quem sai em busca deles, mesmo que o final resulte numa baita indigestão. Mas sofrer indigestão ainda é melhor do que cultivar obesidade platônica.
(Dedicado à Consultoria Sentimental Faça o que eu digo e não o que eu faço e seus Almoços Filosóficos)."

2 comentários:

Indigesto disse...

eternos amores e sabores infinitos!
beijos e obrigada pelo copy+paste.

Anônimo disse...

Noooooossa... eu já fui muito assim...

às vezes acho que ainda sou assim...

Normal. bjos