sexta-feira, novembro 07, 2008


"E a aqueles que se perguntam se o farol dos EUA ainda ilumina tão fortemente: esta noite demonstramos mais uma vez que a força autêntica denossa nação vem não do poderio de nossas armas nem da magnitude de nossariqueza, mas do poder duradouro de nossos ideais: democracia, liberdade,oportunidade e firme esperança." (fragmento do discurso de vitória de Barack Obama)

Há quatro dias o mundo assistiu ao auge do que se pode chamar de show pirotécnico da democracia norte-americana: as eleições para presidente. Dessa vez ainda mais disputada e mais midiática, não apenas pelas estratégias de campanha dos dois candidatos, mas porque incluiu, como protagonista, um representante de uma minoria massacrada durante a História dos Estados Unidos da América.

Simbolizando a mudança, Obama se elege o primeiro presidente negro dos EUA. Mas não é apenas o desafio de liderar um país tão complexo, ou de ser o primeiro negro a governar um povo com um passado que institucionalizava o racismo, ou coordenar um “país-baleia” em sua luta para não submergir à crise econômica criada ali mesmo, dentre suas fronteiras. Os maiores desafios de Obama talvez nem estejam tão próximos da mídia quanto parecem.

Internacionalmente, Obama tem pela frente não só os problemas com a nomenclatura de política externa do governo anterior, como a guerra ao terror, e todas as suas implicações que isolaram os EUA, mas uma guerra não resolvida: o caso do Iraque; no quesito terrorismo, não enfrenta, mas simboliza, uma opinião pública cansada de abusos como Guantánamo. Mas enfrenta, na área internacional, questões delicadas como o Afeganistão, que vai sendo retomado pelas milícias; o Paquistão, país detentor de armas nucleares, que pouco a pouco se desestrutura, em uma região que pode ser considerada como um novo “barril de pólvora” e o Irã, que continua em sua caminhada atômica.

Frente a tantos desafios, não é de se assustar que Obama representou, durante a campanha, e ainda representa, a esperança da mudança, para melhor, de um país que sempre simbolizou o avanço, desde sua independência, mas que, nos últimos oito anos estagnara, pois agia exatamente como os demais estados em sua lista do “Eixo-do-Mal”. Quanto tempo Obama conseguirá levar os EUA pra frente, e como gerenciará seus desafios, isso só o Futuro dirá, mas a História já mostra que, a partir de 20 de janeiro, teremos uma nova era de política externa, pois, como o novo presidente já afirmou: “começa um novo amanhecer de liderança americana”.

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